O vereador André Maio (Avante) não economizou nas palavras ao criticar o veto da prefeita Márcia Conrado (PT) ao seu Projeto de Lei 005/2025, que prevê a criação de cursos online gratuitos para estudantes carentes de Serra Talhada. A proposta, aprovada por unanimidade em duas votações na Câmara Municipal, foi vetada sob a justificativa de inconstitucionalidade. Para André, o veto representa não apenas um ataque ao projeto, mas à autonomia dos parlamentares e ao direito à educação dos mais pobres.
Durante sua participação no ElesPOD, apresentado por Júnior Campos e Marina Ferraz, o vereador subiu o tom:
“Todos os vereadores que votaram nas duas votações — na primeira e na segunda — repetiram o voto, até porque, se eu mudar meu voto, aí eu tô dizendo que realmente eu não tenho poder. Eu estou dizendo que eu não tenho poder enquanto vereador. Eu tô dizendo que sou manipulado. E nenhum vereador é manipulado. Cada vereador que tá ali recebeu uma procuração pública da população, que não está impondo nada”.
Hoje, segunda-feira (14), o veto da prefeita será analisado pelas comissões da Casa Legislativa. A expectativa, segundo André, é de que o presidente da Câmara coloque o veto em votação já nesta terça-feira (15).
“Eu creio que passa nas comissões, as comissões se reúnem, e o presidente pode botar [em pauta] na próxima terça-feira. Se for o caso, se ele achar que deve, eu creio que ele possa colocar. Se ele não quiser colocar na próxima terça-feira, ainda assim, durante o mês, eles podem tirar esse veto de votação.”
O vereador ainda demonstrou preparo jurídico e afirmou estar em contato com a assessoria da Casa:
“Se nós derrubarmos o veto, se tiver doze votos —, eu me informei com o jurídico da Câmara — pra derrubar o veto, tem que ser doze votos, porque ele é orçamentário. Então a gente entende e eu respeito também os votos dos vereadores. Aqueles que acham que devem votar contrário, eu respeito. Não vou entender, mas respeito.”
A proposta vetada tinha como objetivo oferecer cursinho online gratuito para jovens de baixa renda, voltado à preparação para vestibulares e concursos públicos. Diante da justificativa da prefeita de que o projeto seria inconstitucional, André reagiu com indignação e lançou um desafio direto ao Poder Executivo:
“O que vai acontecer, Júnior e Marina, é a população, os jovens aí eu faço o chamado: a juventude, os professores, os pais que precisam de educação, que possam falar disso. Quem sabe ela [Márcia Conrado] volte atrás. Se não tiver internet, eu faço aqui um desafio com o prefeito: eu boto em cada distrito, do meu bolso. Se for possível, eu boto Starlink em qualquer distrito, do meu bolso, eu boto!”
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