A recente publicação da prefeita de Floresta, Rorró Maniçoba, anunciando a construção de um Complexo de Polícia Científica (CPC) na cidade, jogou por terra um desejo antigo da população de Serra Talhada. A instalação do Instituto Criminalista (IC) e do Instituto Médico Legal (IML) no Sertão do Itaparica representa uma conquista significativa para Floresta e sua região, mas também marca uma derrota simbólica para lideranças e a sociedade serra-talhadense, que reivindicavam há anos um equipamento semelhante.
O CPC será construído no terreno do Hospital de Floresta, com previsão de entrega até o final de 2025. Segundo a prefeita, a unidade trará mais agilidade e dignidade no atendimento a vítimas de violência, acidentes e mortes, promovendo um avanço para a segurança e a humanidade no tratamento desses casos.
Ao registrar a conquista, a prefeita agradeceu à governadora Raquel Lyra pela escolha de Floresta como sede do complexo e destacou o apoio dos deputados Kaio Maniçoba (seu filho) e Eduardo da Fonte na articulação. “Este é um avanço significativo que traz mais conforto e humanidade para todos que precisarem desse serviço”, disse.
Por outro lado, em Serra Talhada, a notícia repercutiu de forma frustrante. A cidade, que é considerada um dos polos mais importantes do Sertão, sempre foi vista como uma candidata natural para abrigar um IML. A ausência desse equipamento faz com que famílias da região enfrentem longas distâncias e prazos demorados para serviços de perícia e liberação de corpos, causando transtornos emocionais e financeiros.
O anúncio em Floresta expõe uma lacuna na articulação política de Serra Talhada em relação a esse tema. A decisão da governadora Raquel Lyra de priorizar Floresta é um indicativo da força do município na disputa por investimentos estratégicos e evidencia a necessidade de reforço na mobilização de lideranças serra-talhadenses para evitar novo revés.
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