O ato de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, ocorrido no último domingo (25) na  Avenida Paulista, em São Paulo, continua ecoando pelos corredores do poder. No Plenário da ALEPE, o Coronel Alberto Feitosa (PL) celebrou a expressiva participação do público no evento, estimada em mais de 800 mil pessoas. Para o deputado, as imagens da manifestação transmitiram uma clara mensagem: a população brasileira anseia pela pacificação.

“O próprio presidente Bolsonaro instiga o Congresso Nacional a elaborar uma lei de anistia, sobretudo para os envolvidos nos acontecimentos de 8 de janeiro. Aqueles que comprovadamente praticaram atos de vandalismo devem ser responsabilizados, mas apenas por danos ao patrimônio. No entanto, invasão armada? Quantas armas foram apreendidas? Não há registro de armas confiscadas de manifestantes do 8 de janeiro, nem mesmo um estilingue!”, afirmou Feitosa.

Em seguida, o deputado João Paulo ocupou a tribuna para comentar sobre o movimento ocorrido na Avenida Paulista, momento em que Feitosa solicitou um aparte, ou seja, o direito de resposta ao pronunciamento do parlamentar petista. No entanto, seu pedido foi negado por João Paulo, em um tom de voz considerado arrogante.

“O tempo de fala é meu e não tenho medo de vossa excelência nem de sua arma. Eu vou lhe conceder aparte na hora que eu quiser e determinar”, declarou João Paulo.

Para Feitosa, aqueles que acusam a Direita de ser ofensiva e antidemocrática, a atitude de João Paulo foi uma resposta à altura. “Eu vou abrir mão do aparte que eu pretendia fazer, pois percebi que o deputado está muito nervoso. Ele não está em um bom dia hoje”, acrescentou Feitosa.

O embate verbal entre os parlamentares reflete as tensões políticas que permeiam o cenário nacional, em um momento onde o diálogo e o respeito às diferentes posições se tornam cada vez mais essenciais para a construção de um ambiente democrático e plural.

Por Júnior Campos, com informações de Mago Martins