Na coletiva de imprensa realizada hoje, a ex-deputada Marília Arraes respondeu ao questionamento do blog de Júnior Campos sobre sua recente decisão de apoiar a reeleição de Márcia Conrado (PT). A pergunta abordou os fatores que influenciaram essa decisão, incluindo o papel do presidente Lula e de outros aliados políticos do governo federal, e do ex – deputado federal, Sebastião Oliveira ( AVANTE).
Marília esclareceu que a decisão final não foi motivada por um único fator, mas sim por um conjunto de razões discutidas ao longo de vários meses. “Nós conversamos faz muitos meses, acho que eu e Sebastião já começamos a conversar sobre Serra. Logo depois da eleição, já começamos a conversar sobre Serra. Eu sempre consultando ele, assim como havíamos conversado quando resolvemos firmar essa aliança que começou lá pelo Recife, passou por vários municípios,” explicou Marília.
Ela também destacou que o pedido do presidente Lula foi um dos componentes que influenciaram sua escolha. “O próprio pedido do presidente Lula foi um conjunto de fatores que levou a essa decisão e foi batido o martelo cerca de uma semana atrás quando a gente agendou esse ato para hoje,” detalhou.
Quando questionada sobre a necessidade de cargos ou secretarias em alianças políticas, Marília foi enfática ao afirmar que seu conceito de apoio político não depende de cargos. “Eu considero muito mais fácil fazer política a gente tocando sem cargo. Porque você arruma um cargo, arruma dez problemas e a pessoa pensa, se você tiver um cargo ou dois, a pessoa pensa que você tem duzentos. Então, eu não gosto de fazer política desse jeito,” afirmou.
Marília também abordou as declarações de seu aliado, Dr. Waldir, que defende a participação em secretarias como parte natural do processo político. “Agora, no município só sabe onde o carro aperta quem está lá. Então, eu não vou interferir nas decisões dele. Agora, eu duvido muito, pelo menos eu não escutei, não escutei ele falando literalmente dessa maneira, que aliança só se faz com secretaria, com cargo,” disse Marília, destacando a importância de contribuir com a gestão de forma independente da ocupação de cargos específicos.
Sobre a negociação de cargos, Marília foi clara ao afirmar que não pretende desautorizar ou desfazer qualquer decisão tomada pelo presidente municipal no que se refere a indicações para secretarias. “Eu não vou estar desmanchando nem desautorizando nada do que o presidente municipal vai fazer. Nosso conceito, nossa orientação é que apoio político não depende de cargo,” reiterou.
A ex-deputada concluiu reafirmando sua confiança nos aliados e no processo de construção política que está em andamento, sinalizando que a decisão de apoiar Márcia Conrado é resultado de um trabalho coletivo e bem pensado.