A prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado, sofreu uma derrota política significativa dentro do Partido dos Trabalhadores (PT) de Pernambuco. Seu nome, que até dias atrás era apontado como uma pré-candidatura em ascensão à presidência estadual da legenda, acabou sendo retirado do tabuleiro com o anúncio de Carlos Veras como candidato único da corrente majoritária Construindo Um Novo Brasil (CNB).
A decisão foi tomada por unanimidade, deixando claro que a movimentação de Márcia, considerada intempestiva por lideranças históricas do partido, não encontrou eco suficiente para sustentar seu projeto. Também ficou pelo caminho o secretário-geral do PT em Pernambuco, Sérgio Goiana, que, pela terceira vez, recua de uma disputa interna em nome da unidade partidária.
Veras, que cumpre seu segundo mandato como deputado federal e ocupa atualmente o cargo de primeiro-secretário da Câmara dos Deputados — uma das posições mais estratégicas da mesa diretora —, foi alçado como nome de consenso da CNB, corrente ligada ao senador Humberto Costa. O mesmo Humberto que, nos bastidores, chegou a ser ventilado como possível apoiador da candidatura de Márcia Conrado.
O desfecho, no entanto, desmonta qualquer leitura de que Márcia teria se viabilizado dentro da principal tendência interna do PT. Sua visita recente à sede estadual do partido, onde posou para fotos e publicou um texto exaltando o sentimento de pertencimento à sigla, foi interpretada nos bastidores como uma tentativa frustrada de construir uma candidatura à revelia do debate coletivo.
Com o apoio consolidado em torno de Veras, o PED 2025 — Processo de Eleição Direta — ganha um novo contorno: menos disputado, mas ainda decisivo para o futuro da legenda no estado. A eleição está marcada para o dia 6 de julho de 2025, quando os filiados e filiadas do partido irão às urnas para renovar as direções municipais, estaduais e a executiva nacional.
A derrota de Márcia Conrado expõe os limites de sua influência dentro do PT estadual e levanta dúvidas sobre seus próximos passos dentro da sigla. Para muitos observadores, a prefeita de Serra Talhada terá agora que recuar e repensar sua atuação interna, após um movimento que tensionou o partido e terminou esvaziado politicamente.
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