O deputado federal Waldemar Oliveira (Avante) afirmou nesta sexta-feira (6), em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, que o impasse entre o governo de Pernambuco e a Assembleia Legislativa tem provocado prejuízos à população. Isso se deve, especialmente, ao travamento de projetos importantes, como o novo pedido de empréstimo de R$1,5 bilhão.

Segundo o deputado, a falta de votação na Alepe impede que o estado tenha orçamento para apoiar eventos como o São João nos municípios.

“Eu tenho 18 prefeitos que me apoiam. E estou vendo os prefeitos reclamarem que o estado não está podendo patrocinar o São João, como sempre fez. O estado tem dinheiro, mas não tem orçamento, porque está travado lá na Assembleia”, disse o parlamentar. A consequência direta é o impacto negativo nas políticas públicas de forma geral, ressaltou Oliveira.

A declaração do parlamentar ocorre em meio à escalada de tensão entre o Palácio do Campo das Princesas e a Alepe. Deputados têm cobrado explicações sobre o destino de R$ 9,2 bilhões em empréstimos já aprovados desde 2023.

A oposição e parte dos independentes também apontam falta de diálogo por parte da governadora Raquel Lyra (PSD), o que tem contribuído para o agravamento do impasse.

Projetos Travados
Entre os projetos travados na Alepe estão o reajuste do piso dos professores, a autorização de concurso do Tribunal de Contas do Estado (que abriu inscrições sem definir número de vagas), e nomeações para órgãos como a Adagro, Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco.

A indicação de Virgílio de Oliveira, filho do deputado Waldemar Oliveira, para a administração de Fernando de Noronha também faz parte desses impasses. 

Sobre o tema, Waldemar negou que haja resistência pessoal à nomeação de seu filho. Ele apontou que o presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB), e o presidente da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ), deputado Alberto Feitosa (PL), atribuíram o bloqueio das pautas à ausência de pagamento das emendas parlamentares impositivas por parte do governo.

“A Assembleia está cometendo um equívoco ao travar a pauta do estado. Acho que deixou de ser uma questão política e começou a prejudicar o cidadão”, avaliou.

Fonte: Folha de Pernambuco