A médica Dra. Noyla Denise, Obstetra e Ginecologista, com atuação na cidade de Salgueiro-PE testou positivo para a covid-19 pela segunda vez. O primeiro diagnóstico foi em abril de 2020, e agora após um ano, voltou a contrair novamente a doença.

O que chama a atenção desse fato, é que a médica tomou as duas doses da vacina no mês de fevereiro de 2021. A primeira dose no dia 02 e a segunda no dia 23. Ela recebeu o imunizante Coronavac produzido pelo Instituto Butantan.

De acordo com a profissional, na primeira vez que teve a doença apresentou um quadro leve, contudo, na reinfecção apresentou sintomas como dor de cabeça, obstrução nasal e irritação na garganta.

Ela alerta as pessoas que tomaram a vacina que continuem com os cuidados necessários para evitar a contaminação e disse: “A gente não está livre.”

O QUE DIZ A CICÊNCIA

“As pessoas têm muita dificuldade de entender qual é a função de uma vacina”, diz Natalia Pasternak, bióloga e divulgadora científica brasileira, fundadora e primeira presidente do Instituto Questão de Ciência. “Elas acham que a vacina é mágica. Ou seja, tomou a vacina, está protegido; não tomou, vai ficar doente. Não é assim que vacinas funcionam.”

Segundo Pasternak, as vacinas “reduzem a chance de ficarmos doentes, a chance de precisarmos de hospitalização e a chance de morrermos”.

“As vacinas aprovadas para Covid-19 são eficazes em proteger contra a doença, mas nenhuma vacina é 100% eficaz. O risco de infecção por Sars-CoV-2 em pessoas totalmente vacinadas não é completamente eliminado enquanto houver transmissão contínua do vírus na comunidade”, reforça Denise Garrett, infectologista, ex-integrante do Centro de Controle de Doenças (CDC) do Departamento de Saúde dos EUA e atual vice-presidente do Sabin Vaccine Institute (Washington).