Na tarde desta segunda-feira (4), o Plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) foi palco de intensos debates acerca do início do processo de extinção das faixas salariais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.

A deputada Débora Almeida (PSDB) expressou seu apoio à governadora Raquel Lyra durante sua intervenção na tribuna. Ela elogiou a atitude de eliminar as faixas salariais dos militares, destacando as diversas ações adotadas pela gestão estadual para fortalecer a área de segurança pública. Entre essas ações, ressaltou o expressivo investimento de mais de R$ 1 bilhão no programa “Juntos pela Segurança”.

Por outro lado, o Coronel Alberto Feitosa (PL) não poupou críticas à gestão estadual da segurança, classificando-a como “uma catástrofe”. O deputado questionou a condução da proposta de eliminação das faixas de remuneração da Polícia Militar e dos Bombeiros pela governadora Raquel Lyra. Feitosa lembrou que a promessa inicial de extinguir as faixas salariais estava prevista para 2023, mas a proposta foi anunciada somente após um ano e três meses, gerando descontentamento e desconfiança, principalmente entre as associações da Polícia Militar.

O parlamentar ainda apontou a insuficiência dos aumentos salariais propostos pela governadora até 2026, totalizando apenas 10%. Feitosa destacou que a governadora parece ter esquecido do compromisso assumido e alertou para o risco iminente de uma greve caso as demandas não sejam atendidas adequadamente. “Isso é um absurdo, uma enganação, uma enrolação. A governadora acha que, na Polícia e nos Bombeiros, as pessoas são bobas. Isso é uma péssima estratégia que a governadora está utilizando”, enfatizou o Coronel Alberto Feitosa. O clima acalorado no Plenário evidenciou a tensão em torno deste delicado tema que envolve os profissionais da segurança do estado.