Em uma entrevista ao comunicador Francis Maya, pela Rádio Vila Bela FM, o Vereador Gin Oliveira, líder da bancada governista em Serra Talhada, sustentou um duro discurso contra os opositores políticos da prefeita Márcia Conrado (PT), sugerindo a existência de um “curral eleitoral” e a manipulação de favores políticos, com o uso de recursos públicos direcionados de maneira seletiva.

Durante a entrevista, o parlamentar afirmou que aqueles que não estão alinhados com a prefeita Márcia estão, na verdade, defendendo “projetos pessoais” e insinuou a existência de um suposto “gabinete do ódio”. Ele destacou a utilização de “visitas secretas” como parte dessa estratégia política.

Ao abordar sua relação com o ex-prefeito Luciano Duque, hoje deputado estadual e líder da oposição, o Vereador Oliveira revelou um histórico de gratidão, mas também de descontentamento. Ele confessou ter votado em Duque nas eleições estaduais como gesto de gratidão, mas ressaltou que chegou um momento em que precisava se posicionar.

Eu sou grato! Se eu não fosse grato, não teria votado nele na eleição de deputado estadual, já sabendo que ele tinha tentado… e que ele conseguiu comer minha cabeça na presidência da Câmara. Deitei a cabeça no travesseiro, pedi a Deus discernimento, pedi a orientação divina e o perdoei. Agora, assim, um é pouco, dois é bom, três é demais. Chegou uma hora em que eu precisava me posicionar. Muitos não sabem, Maya, mas quando eu engrossei o caldo, foi quando realmente percebi que não tinha mais como sustentar.

Oliveira relatou um episódio no qual o deputado, por meio de uma mensagem privada para a Dra. Clênia Mourato, teria orientado a processar o vereador com o objetivo de fazê-lo perder o mandato. Para o parlamentar, esse foi o ponto de ruptura, afirmando:

Foi quando ele foi ao privado (pv) da Dra. Clênia Mourato – peço licença para mencionar o nome dela aqui – e mandou a médica me processar, com interesse de eu perder o mandato; então, para mim, ali foi a gota d’água. Eu não dou para estar me abraçando com Judas, não sou Jesus. Jesus foi o único que foi traído, apunhalado e conseguiu perdoar. Em relação ao perdão, eu perdoo e continuo perdoando ele, mas não dou para conviver com Judas não!

A entrevista de Gin Oliveira revelou um cenário político tenso em Serra Talhada, com acusações de manipulação, favorecimentos políticos e rompimentos entre lideranças locais. O embate promete trazer luz ao cenário político, não apenas de Serra Talhada, mas também da região, nas próximas eleições.