A executiva estadual doPartido dos Trabalhadores aprovou, nesta terça-feira (1), por unanimidadeir pra oposição aoGoverno Raquel Lyra. Agora, o diretório da legenda vai confirmar a decisão na próxima sexta-feira (4).

No início dos trabalhos do Legislativo em 2023, o PT de Pernambuco decidiu que o partido integraria a recém-criada bancada independente da Assembleia Legislativa (Alepe), ou seja, não se colocaria como aliado nem opositor do governo. A bancada petista tem três deputados: o presidente estadual da sigla, Doriel Barros, o ex-prefeito do Recife, João Paulo, e Rosa Amorim.

Nesse cenário, o maior impacto eleitoral deverá recair sobre prefeitos e prefeitas do PT no estado, devido à proximidade do ano eleitoral. Em Pernambuco, quatro prefeituras são comandadas por petistas, mas não há consenso sobre a possibilidade de mudança no posicionamento partidário, visto que metade dos gestores apoiou a candidatura de Raquel Lyra.

Apesar da maioria das prefeitos petistas não terem votado em Raquel Lyra, a prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado, e o prefeito de Águas Belas, Luiz Aroldo, apoiaram a candidatura de Raquel Lyra. Márcia foi, inclusive, coordenadora da campanha da governadora no Sertão do estado e deverá manter uma relação republicana, assim como tem defendido as lideranças do Partido dos Trabalhadores – PT no estado.

Confira a nota na íntegra:

Após um amplo debate interno, que envolveu a direção partidária, parlamentares e gestores municipais nos últimos meses, o PT de Pernambuco decidiu aprovar uma resolução sobre a atual conjuntura política no Estado. É importante lembrar que, no ano passado, as urnas fortaleceram o projeto do partido em Pernambuco, garantindo uma grande vitória para o presidente Lula, com mais de 66% dos votos válidos (3.640.933) e para a senadora Teresa Leitão, com 46% dos votos válidos (2.061.276), além da eleição de uma bancada estadual e federal. 

No primeiro e no segundo turno da disputa, o PT apoiou candidaturas opostas a da atual governadora Raquel Lyra, fato que naturalmente, pelo resultado das urnas, coloca o partido em um campo de oposição ao da atual gestão. Além disso, o PT tem discordâncias politicas e administrativas, especialmente, em diversas áreas de políticas públicas e sociais e na falta de diálogo da gestão atual com vários movimentos sociais e sindicais, em especial os servidores e servidoras publicas. 

Vale destacar, ainda,  que o governo Raquel Lyra mantém parceria com forças políticas que antagonizam com o projeto representado pelo governo do presidente Lula, que tem trabalhado pela reconstrução do país e pela melhoria da vida da população brasileira. Nesse contexto, o PT decide anunciar que estará na oposição ao governo tucano. 

O partido mantém o compromisso com o povo pernambucano de acompanhar e fiscalizar as ações da gestão estadual e vai fazer uma oposição comprometida com os interesses do Estado, defendendo os grandes investimentos do presidente Lula em Pernambuco, e as parcerias institucionais que vem sendo estabelecidas pelos governo federal, governo estadual e governos municipais.

Partido dos Trabalhadores