Uma operação conjunta da Polícia Federal com a Controladoria-Geral da União (CGU), realizada na última quarta-feira (23), que investiga fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), repercutiu fortemente na reunião plenária da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) nesta quinta (24). A apuração mira o desvio de recursos destinados a aposentados e pensionistas, com o envolvimento de entidades associativas e sindicatos.
O escândalo levou à exoneração do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. Durante a sessão, o deputado estadual Coronel Alberto Feitosa (PL) cobrou o afastamento imediato de todos os assessores ligados ao ex-presidente do instituto e também do atual ministro da Previdência, Carlos Lupi.
“O inquérito já está aberto, e têm que ser afastados imediatamente todos os assessores do senhor Alessandro. O ministro também deveria se afastar do cargo e aguardar a conclusão da apuração”, disparou Feitosa, que ainda chamou atenção para o fato de Frei Chico, irmão do presidente Lula, ocupar a vice-presidência de uma das entidades investigadas. “Isso é muito grave, é um crime doloroso, imaginar que alguém tenha a capacidade de tirar dinheiro de quem já tem muito pouco”, completou.
A fala foi rebatida pelo deputado Doriel Barros (PT), que saiu em defesa do governo federal. Ele criticou a tentativa de criminalização de todos os sindicatos e ressaltou que o esquema começou em 2019, ainda durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Foi no governo Lula que se conseguiu investigar uma quadrilha”, afirmou Doriel, destacando ainda que a investigação está sendo conduzida com seriedade e transparência.
O parlamentar também destacou iniciativas do Governo Federal no combate à corrupção e reforçou que é preciso diferenciar as instituições das ações de alguns de seus membros. “Não podemos generalizar nem demonizar os sindicatos, que historicamente lutam pelos direitos dos trabalhadores”, concluiu.
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