O grupo de docentes eleitos para compor a nova diretoria do Sintest – Sindicato dos trabalhadores em Educação de Serra Talhada, parece não ter aprovado o discurso do deputado estadual Luciano Duque, feito no ato da posse da nova diretoria do órgão.

O Sindicato emitiu à imprensa uma “nota de desagravo”, onde pontuou a fala de Duque como “oportunista e irresponsável”. Um grupo de professoras ainda cobrou ações que não foram feitas pelo deputado quando o mesmo foi prefeito de Serra Talhada, e que, segundo elas, colaboraram para o desmantelamento da categoria na gestão do mesmo.

Eis a nota na íntegra:

NOTA DE DESAGRAVO

De forma acintosa e irresponsável, alguns políticos oportunistas compareceram a posse do SINTEST. Tutelaram a insanidade e a irresponsabilidade. Os mesmos políticos que quanto estão no poder, sempre trabalham pelo desmantelamento das organizações dos trabalhadores.

A ausência da categoria, e dos filiados, foi o ponto máximo do evento. Mesmo assim, ensandecidos para conquistar votos de incautos não vislumbraram que erraram o alvo, vez que essa categoria é composta de formadores de opinião e não se deixa enganar por cômicos saltimbancos da política, visto que a dita posse foi totalmente ofuscada, se transformando em desfile de vaidades com vistas às eleições municipais de 2024. Os profissionais de educação tem memória e lembram muito bem da última greve que foi judicializada por duas vezes. Poucos desses vereadores apoiaram nossas reivindicações, sem falar de inúmeras votações contra a categoria, inclusive rebaixando nossas conquistas no PCC (Plano de Cargos e Carreira).

Pois bem, a dita posse se deu ao lado de nossos eternos algozes. Mostrando parte da categoria que sequer tem consciência de classe. A pompa e a ostentação da posse foram a vitória da fragmentação da categoria. Vitória dos verdugos dos trabalhadores em educação.

Mas o ponto mais alto do “banquete” da insanidade foi o discurso da desfaçatez de um, certo deputado estadual, bradando o seu bafejo de onipotência. Elevou o tom de golpismo, indiscriminadamente, contra a maioria da categoria que não se fez presente. Ademais Sr. Deputado, de golpismo a excelência e o protagonismo pertence ao Sr. Que o diga o ex-prefeito que lhe antecedeu. O Sr teve a insolência de citar a ex-presidente Dilma, mas foi exatamente o Sr. Que no dia seguinte ao golpe estava de mãos dadas com o golpista Michel Temer. O deputado parece não ter retrovisor e não ter passado. Por quantos partidos políticos o senhor já passou?

Entre os trabalhadores em educação não existe golpistas. Renunciamos porque temos responsabilidade Sr. Deputado.

Nossa maior tarefa a partir deste momento é trabalhar para buscar um ponto de convergência para construção da unidade de uma categoria já bastante fragmentada. Conclamamos todos a partir de agora refletir e começar a construção da harmonia nas nossas ações futuras.

O tempo é senhor da razão.

Subescrevem essa nota.

Luciene Alves Pereira

Ana Paula de Melo Magalhães

Vanessa Gabrielli Cipriano de Souza

Josevânia da Silva Vieira

Maria Aiane Lopes Gomes