A declaração polêmica da vereadora de Arcoverde, Zirleide Monteiro (PTB), que associou o autismo a um “castigo divino”, foi duramente criticada pelas comissões de Educação e Cidadania nesta quarta-feira (1º) da ALEPE. A vereadora afirmou que uma pessoa com a qual teve um desentendimento teve um filho com autismo porque tinha alguma pendência com a divindade. Essas declarações foram proferidas durante uma reunião da Câmara de Vereadores da cidade na última segunda-feira (30).

O deputado Luciano Duque (Solidariedade), que é pai de um filho com autismo e irmão de uma pessoa com deficiência, destacou a importância do papel de um legislador em defender esses cidadãos. Ele expressou sua surpresa e desapontamento diante da fala desrespeitosa e desagradável proferida por um representante público.

“Não vamos admitir falas preconceituosas e capacitistas sobre pessoas com deficiência ou espectro autista, principalmente, de um representante público”, disse.

Além disso, as comissões aprovaram projetos de lei (PLs) destinados à proteção da população com transtorno do espectro autista (TEA) no mesmo dia. Um desses projetos é o PL nº 1048/2023, de autoria de Jeferson Timóteo (PP). Este projeto foi revisado pela Comissão de Justiça e inclui na legislação vigente a proteção contra atitudes discriminatórias em relação à população autista. Isso abrange todas as formas de discriminação que tenham o objetivo de negar ou prejudicar os direitos dessas pessoas, incluindo comentários pejorativos feitos presencialmente, em redes sociais ou em veículos de comunicação.